"Eu me lembro quando eu era jovem
Me sentindo triste na manhã de domingo
Eu não quero fazer isso nunca mais.
Esperando numa fila com uma mente suja
Limpe-a na manhã de domingo.
Eu não quero fazer isso nunca mais
Um dia por semana nós oferecíamos a face
Oh, como nós nos ajoelhávamos.
Oh, nós éramos tão quietos.
Nunca, nenhuma luz lá...
Eu não ligo, não estava certo lá...
Acorde cedo, arrume seu cabelo.
Melhor do domingo na manhã de domingo.
Eu não quero ver isso nunca mais.
Chá e torradas na sala de visitas.
Nós fizemos isso tudo na manhã de domingo.
Eu não quero ver isso nunca mais.
Nós entramos no medo, para adorar aqui.
É errado sentir. É errado preocupar-se.
Você não deve roubar, você não deve xingar.
Eu não quero fazer isso nunca mais.
Eu não quero fazer isso nunca mais."
Do outro lado... rosas e vermelho
31 julho, 2008
26 julho, 2008
Anjo IV
Lágrimas de anjo viram jujubas. Vermelhas, as de paixão. Que são as mais saborosas, apesar de mancharem o travesseiro. Nosso anjo viu os olhos azuis de uma anja e neles encontrou o reflexo d’Ele. Antes que me pergunte, anjos trepam. Anjos não têm sexo. Mesmo assim, fazem. Amor de anjo é puro, mas o caminho para Vênus anda cheio de meteoritos que machucam as asas. No depois, não fumam. Balançam os pezinhos, e agitam os braçinhos, e assim fazem aquela brisa que sentimos no começo da manhã. Toda brisa que bate no rosto das gentes numa manhã de sol é orgasmo de anjo. Sorria para as brisas! Mas nosso anjo, sempre um tanto desbocado, ensaca jujubas roxas. “Merda!”. Jujubas roxas são lágrimas que os anjos derramam quando sentem saudades.
23 julho, 2008
História sem mim
Era uma vez um homem. Seus 30 anos, sem filhos. Sem. não acreditava, não desacreditava. Nem sorria, nem chorava. Escrevia. E por entre seus desenhos garrafais uma vez viu uma mulher. Uma vez. Desejou ele que fosse um sonho. Desacreditou. Perdeu a inspiração. Tinha amigos? Tinha pra quem contar? E em uma de suas reuniões no gabinete cerebral resolveu esquecer, já tinha desacreditado mesmo. Então lembrou que tudo nesse mundo é possível, as pessoas é que não acreditavam. Lembrou que era uma pessoa. Lembrou da existência das metáforas. Lembrou que tinha um coração. Que era homem e podia desejar uma mulher, aquela mulher. Desejou-a então.
Queria morar com ela.
Tornou-se um homem com filhos.
Queria morar com ela.
Tornou-se um homem com filhos.
21 julho, 2008
nós nos apegamos com o presente. é engraçado. nos apegamos tanto ao agora que se tem a impressão que nunca vai acabar, que as coisas não vão mudar. mas elas mudam. e nós, no apego, não percebemos.
Elenise Penha
[há certos momentos que queremos que durem pra sempre...]
o bom é que, por causa disso, dessa constante inconstância, a vida não se torna monótona.[é bom mudar...]
Elenise Penha
Mein Sonne
"Alle warten auf das Licht
fürchtet euch fürchtet euch nicht
die Sonne scheint mir raus den Augen
sie wird heute Nacht nicht untergehen
und die Welt zählt laut bis zehn
Eins
Hier kommt die Sonne
Zwei
Hier kommt die Sonne
Drei
Sie ist der hellte Stern von allen
Vier
Hier kommt die Sonne
Fünf
Hier kommt die Sonne
Sechs
Hier kommt die Sonne
Sieben
Sie ist der hellte Stern von allen
Acht, neun
Hier kommt die Sonne"
17 julho, 2008
remédios e pílulas em pequenas e agradáveis quantidades
Analgésico que alivia as dores,
anestésico com efeito colateral de apeito no peito,
fragrância favorita...
Mãos atravessando a pele com temperaturas diferentes
se igualam, amenizam...
o tempo corre com medo do que possa acontecer.
passa ônibus, passam perguntas, sangue corre nas veias, ar atravessa os pulmões.
Ponteiros velozes, segundo vorazes
veludosas vozes
em sussurros
sem raciocínio.
Fascínio.
Elenise Penha
[remédios e pílulas em pequenas e agradáveis quantidades, doses incalculáveis, cura.]
.just like heaven.
.just like heaven.
16 julho, 2008
10 julho, 2008
em alguns momentos meu passado desaparece com um simples olhar. esqueço dele e gosto disso. esqueço tudo. lembro-me de sorrir e fecho os olhos. depois lembro de agradecer, mas nem sempre faço isso. simples fatos já o fazem.
e é tudo tão forte, tão forte, que prefiro apagar a luz...
... e respirar.
(meu passado é pequeno, muito pequeno.)
e é tudo tão forte, tão forte, que prefiro apagar a luz...
... e respirar.
(meu passado é pequeno, muito pequeno.)
06 julho, 2008
04 julho, 2008
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