28 março, 2008

Deixa quieto

Não sou poeta
Sou fungidôra
Sou besta
Sou égua
Sou fútil
Sou feia
Sou menina réa do buchão
Sou inútil
e não sou metida [infelizmente!]
**queria mandar gente se lascar e não consigo**
Sou idiota
Sou egoísta
não extravaso minha raiva, não choro minhas dores
Aprendi a gritar pra dentro
bem alto
bem forte
fico quieta
**mas ultimamente está sendo tão difícil**
Nunca procurei a porra do amor sincero que o Tim Maia fala
mas às vezes me pego esperando
uma espera pior que a do rodoviária, que tem hora certa pra passar e mesmo assim atrasa
Sou mentirosa
engano os bêsta mesmo quando não quero
Já fiz gente sorrir
Jjá fiz gente gritar [e gritei junto]
Já fiz chorar...

Já assisti big brother, [num nego] já fiz xixi na cama, já comi com a mão, já comi terra com a mão, já chutei concreto, já dei murro mole e errado em gente, já caí em público, plantei bananeira, levei chifrada [de um cabrito :P], peguei carrêra de bicho, peguei carrêra de gente... já me perdi e já me achei; já me escondi e fui esquecida.


Também já tive paciência


(...)


fico quieta.
fale comigo
mas,
por favor,
não torre minha paciência inexistente


Tenho muitos livros inacabados e ainda mais milhares e milhares de outros pra começar.


e, não, eu não quero só amar

Elenise Penha

25 março, 2008

tenho dois olhos, dois narizes e duas bocas... assim olho tudo, sinto tudo e falo tudo.
como tudo
calo tudo
grito tudo

***

tento. tudo.
quase mudo.
quase.
mudo!

Elenise Penha

23 março, 2008

Poeminha: nem dela, nem meu

"Despertam docemente as brisas
Sopram, perenas, noite e dia,
por toda parte a sussurrar.
Aroma tenro, nova melodia.
Agora, pobre coração, reanima-te:
Agora tudo, tudo mudará.

Faz-se o mundo mais belo cada dia.
Se o momento presente é tão feliz
o amanhã que surpresas não trará!
Floresce ao longe o vale mais sombrio.
Agora, pobre coração, esquece a mágoa.
Agora tudo, tudo mudará."

Ludwig Uhland

Obrigada Yasmim!

22 março, 2008

Reticências II

Medo.
o que é isso?
te faz sofrer, agonizar
Medo.
uma lágrima no rosto
um suspiro
um tiro para o ar
Medo.
te faz sofrer, te faz gritar

Medo.
alguém pede ajuda
a doença incurável
um corte no céu
Medo.
um socorro sufocado
um olho arregalado
Medo:
te faz parar.

Tenho medo da morte, cara, como muitos por aqui. Tenho medo de assalto, justamente por não ter nada. Quero continuar com minhas pernas no lugar. Tenho medo e não minto.

Mas o medo é somente dos choques mecânicos, cara, só deles.

Elenise Penha

Falando em...

... medo.

"o nome disso é medo..."

o seu, não o meu.

19 março, 2008

Tudo

Tudo é uma grande prosa...

...com sabor de poesia!

:)

Elenise Penha

Pode até parecer fraqueza...

Sabe o que mais gosto?
O que eu penso... é só meu. E o que eu sinto é mais meu ainda. Se eu falar, não vai ser a mesma coisa. Talvez, se eu fizer algo, é que possa ter algum efeito ou validade. Mas mesmo assim o que eu sinto continua sendo meu, apenas meu. Ainda bem.

Sabe o que mais gosto mesmo?
Não digo.

"O que eu penso e o que eu sinto ninguém precisa saber..."

Mas alguns sabem.

Pois que seja fraqueza então\o/

Elenise Penha

Valor... Sentido... Razão...

De que valem os escritos se o que importa é o sentido. A ambigüidade é um dom e também uma maldição. Esse é o mal de se viver em bando. O seu verde pode ser o verde-oliva do outro.

Raios!

17 março, 2008

Rá - -

15 março, 2008

-

Não quero um amor pueril.

.Tea for one

Volare

as cores se despedem
elas vão embora

- não! não!
- é assim...

as cores vão embora
mas o preto e o branco
são as cores que nunca vão embora

"num dia de tristeza me faltou o verbo
faltou o verso
e veio o sopro
... o sopro do vento carregando vida"

Elenise Penha

14 março, 2008

Pedaços

Tento...
... me desespero, me descabelo e grito.
Nas mãos, o sangue da mordida
as plaquetas,
a saliva.

.. o gosto de ferro que sai das feridas.

parece que a vida parou
não sei
tubo quântico?

degenerado momento louco
lembranças torpes, ensandecidas

e o tempo faz estradas
e a visão faz estragos

e a imaginação?

Elenise Penha

13 março, 2008

.

Oi José? Tudo bem com você?

Pois é, voltei. E voltei diferente. Diferente porque consigui realizar aquilo que você pensava que não, que eu não ia conseguir. Eu lia em seus olhos, eles tinham um sorriso dentro. Um sorriso de desdém.

Voltei pra avisar isso: consegui. E vou continuar conseguindo tudo aquilo que você duvida de mim. Você me fez muito triste, José. Mas hoje eu lhe agradeço, por tudo.

Obrigada.

[Agora você é apenas uma música triste. Uma música que eu não escuto mais.]

[Mas ainda posso e tenho o direito de escrever pra você.]

[Nada de reticências, só pontos.]


.De uma antiga amiga

[.]

letra em cor
tormento em flor
barco sem amor

... a alma pesa

como pode?

06 março, 2008

Fome

sinto fome
fome de quê?
fome sonhos é que não pode ser

tenho fome
fome de quê?

é possível mesmo sentir saudades de algo que nunca teve?