05 outubro, 2010

Os mesmos átomos
que formam quem você ama
formam a arma que o mata.

As mesmas letras
que representam o que digo
escrevem aquilo que tanto magoa.

A mesma claridade
ilumina quem passa naquela rua
em todos os sentidos.

Todos vivem, suam, defecam, lacrimejam,
espiram e expiram.
O branco que vestiu naquele dia não adianta,
mas não andaremos nus de agora em diante, já que o sol é forte.

Devemos nos acostumar.

Elenise Penha.