20 janeiro, 2009

No alto da estante

A felicidade ficava na última prateleira,
a mais alta e difícil da estante.
E todas as manhãs
(e noites, e sempre)
ele sedia as próprias costas
pra ela subir
e triscar um tantinho do dedo.

só pra vê-la sorrir

seus olhos brilhavam um brilho estranho que não se encontra em nenhum outro lugar

Elenise Penha