15 março, 2010


Acordei um dia com medo. Tive um pavor momentâneo que varreu meus mensamentos e sujou tudo. Embaralhou as coisas do lugar e deixou meu coração assustado (sei porque ele tremia). Sentei com a mão no peito, o olhar distante e vazio: será se amor morre? Será se o meu pode morrrer?

Tive medo. Esqueci que não o rego, nem o troco de vaso a um bom tempo. Esqueci que não o levo para passear pela praça e ficar farejando as coisas (e as pessoas, por que não?). Esqueci que esqueci dele. Será se conseguirei sempre alimetá-lo bem? Poderei ainda vê-lo crescer e ensiná-lo sobre as coisas do mundo (que são tantas...)? Ainda tenho vontade de mostrar algumas para ele. Ainda tenho vontade de vê-lo, livre e grande, saindo de casa sozinho para trabalhar, e poder ir com ele ao clube nos sábados. Ou realizando um sonho... virar astronauta, por exemplo. Será se ainda brincarei a tarde inteira com ele até nos sujarmos inteiros?

Aí o mandarei ir tomar banho no banheiro dos sentimentos (que deve ter boxes e ralos especiais, sentimentos são sensíveis, sabe...) e ficarei vigiando a porta até ele sair.

Meu amor dormiu. Ainda está aqui.
Acho melhor deixar ele quieto, teve um dia e tanto...

Não sei o que fazer quando ele acordar com fome de café-da-manhã. Não sei.
Se ele morrer eu fico triste,

Elenise Penha

2 comentários:

Universo Cidade disse...

se ele morrer eu fico triste mas com ele vivo, o trato como fantasma,ja não sei cuidar dele...
eu quero aquele corpo ou qlqr amor que me faça sentir o que amor q ainda ta cmg me fez sentir?

Anônimo disse...

fala prima!